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Doutor Manuel Louzã Henriques * 6 de Setembro de 1933 † 29 de Julho 2019
Manuel Louzã Henriques saberia dizer ao GEFAC como reagir hoje. Saberia dizer-nos como é que um grupo de etnografia e folclore, para mais académico – responsabilidade que não nos deixava esquecer – deveria reagir com propriedade ao saber da perda de um dos seus. Saberia dizer-nos dos rituais, das razões, das cores do luto e do pranto, de como resistir, de como fazer peito à desventura, persistir e teimar outra vez amanhã.
Se lhe batêssemos à porta – três, quatro ou dez – haveria de pedir, como sempre, à sua sempre tão (nossa) amiga Etelvina que nos deixasse entrar, que nos levasse, entre colecções, à sala onde haveria de estar a ler qualquer coisa sobre o que de momento o interessasse – hoje seria matemática, antropologia ou astrofísica? – e haveria de conversar connosco até todos perdermos noção das horas, guiados pela sua mão de ideia em ideia, de suposição em referência, de inconfidência em confissão, de graça em lenda.
E se, enfim, achasse que não tínhamos feito alguma coisa bem, haveria de nos repreender sem dó, gentil e insistentemente, quem sabe aproveitando para nos explicar de onde vem a expressão “puxar as orelhas” e já agora, de onde viemos nós e outras tantas coisas.
O GEFAC é em grande medida feito do tempo que o Manuel Louzã Henriques sempre encontrou para nós e da verdade que procurou, pacientemente, para nos oferecer. Agradecer não chega, agora que o verbo falta e temos só a honra e a responsabilidade (de que não vamos esquecer-nos) de o levar também no nosso nome.
[imagem das XV Jornadas de Cultura Popular – em Homenagem a Manuel Louzã Henriques]
Doutor Manuel Louzã Henriques * 6 de Setembro de 1933 † 29 de Julho 2019
Manuel Louzã Henriques saberia dizer ao GEFAC como reagir hoje. Saberia dizer-nos como é que um grupo de etnografia e folclore, para mais académico – responsabilidade que não nos deixava esquecer – deveria reagir com propriedade ao saber da perda de um dos seus. Saberia dizer-nos dos rituais, das razões, das cores do luto e do pranto, de como resistir, de como fazer peito à desventura, persistir e teimar outra vez amanhã.
Se lhe batêssemos à porta – três, quatro ou dez – haveria de pedir, como sempre, à sua sempre tão (nossa) amiga Etelvina que nos deixasse entrar, que nos levasse, entre colecções, à sala onde haveria de estar a ler qualquer coisa sobre o que de momento o interessasse – hoje seria matemática, antropologia ou astrofísica? – e haveria de conversar connosco até todos perdermos noção das horas, guiados pela sua mão de ideia em ideia, de suposição em referência, de inconfidência em confissão, de graça em lenda.
E se, enfim, achasse que não tínhamos feito alguma coisa bem, haveria de nos repreender sem dó, gentil e insistentemente, quem sabe aproveitando para nos explicar de onde vem a expressão “puxar as orelhas” e já agora, de onde viemos nós e outras tantas coisas.
O GEFAC é em grande medida feito do tempo que o Manuel Louzã Henriques sempre encontrou para nós e da verdade que procurou, pacientemente, para nos oferecer. Agradecer não chega, agora que o verbo falta e temos só a honra e a responsabilidade (de que não vamos esquecer-nos) de o levar também no nosso nome.
[imagem das XV Jornadas de Cultura Popular – em Homenagem a Manuel Louzã Henriques]
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