ROSINHA COSTUREIRA

A Rosinha costureira, alegre e trabalhadeira
De um bondoso coração
Um dia se namorou, do rapaz que ela gostou
Do serralheiro João

Ambos se davam tão bem, pareciam irmãos porém
Eram simples namorados
Jurando até por morte e ao destino que é bem forte
De um dia serem casados

Lá chegou a ocasião do serralheiro João
Ser soldado foi às sortes
Da Rosa se despediu deu-lhe um beijo e lá partiu
Diz ela vai não te importes

Sempre te hei-de respeitar podes João abalar
Não te esqueças de escrever
Juro-te aqui mesmo agora pela virgem nossa senhora
Serei tua até morrer

E penava lá então no quartel o bom João
Ansioso para saber
Porque a sua linda Rosa, a sua futura esposa
Lhe deixara de escrever

Arranjou então licença para vir na sua presença
Da Rosinha procurar
E quando a casa chegou logo a mãe lhe contou
Tristemente e a chorar

Ouve meu querido João filho do meu coração
Andaste sempre enganado
Diz o João minha mãe, já me avisou alguém
Foi casamento esforçado

Encontraram o criado de luto encarregado
Era fiel da Rosinha
Quem procura esposado neste mundo encontrado
Já morreu a pobrezinha

Fala-me agora Rosinha, querida santa alma minha
Amor do meu coração
Dando na cabeça um tiro, dá um último suspiro
Abraçado ao caixão