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XV Jornadas de Cultura Popular

XV JORNADAS DE CULTURA POPULAR

25 de abril a 15 de junho de 2014

PROGRAMA

Resistências – Em homenagem a Manuel Louzã Henriques
As XV Jornadas de Cultura Popular são dedicadas àqueles que nos permitem ter um cheirinho do que se foi escondendo nos recodos do tempo. É dedicada aos que nos lembram que o que somos vem sendo construído há muito mais tempo do que o da nossa existência. Aos que nos preenchem a árvore genealógica social além da sanguínea. Aos contadores de histórias ou fazedores de História, aos resistentes, enfim. É dedicada, em particular, a um conhecedor e coleccionador de histórias e memórias do país inteiro, ao Dr. Manuel Louzã Henriques, sócio-honorário do GEFAC. E o tempo próprio para contar as histórias de um resistente não podia deixar de ser Abril, no ano em que se comemora o 40º aniversário da revolução.
No GEFAC sabemos que as histórias fazem parte de um património bem mais presente que passado, e que muito do presente se explica e faz do que passou. As histórias que Louzã Henriques sempre tem para contar não são simplesmente dele, são nossas. Entretecem a trama que nos sustenta e envolve. E é por isso mesmo que, em estreita colaboração com o homenageado, queremos dar a conhecer à cidade e ao país as histórias que este recolector foi pacientemente reunindo e desfiando.

Espectáculos
“Jardins Suspensos”, GEFAC
Data: 29 abril, 20h00 (4 sessões de 1h), Real República Palácio da Loucura

Da vida grande o homem sábio faz a sua colecção: colhe dos dias os objectos da história, coisas grandes e pequenas, deixadas desatendidas, e guarda. Dos cafés as noites de tertúlia, da comunidade o alfobre dos valores, da boémia a subversão, do conhecimento a serventia, da resistência o ideal e a persistência, dos homens, dos amigos, a memória.
Da colecção apruma o homem eloquente o acervo de histórias com que vai decorando por dentro o seu palácio, os adágios gravados nas paredes, a cada peça o seu lugar e a sua intriga, a cada personagem o seu anexim. Há-de ser de loucura o palácio, e de saber, de riso, de admiração e de espanto, paço suspenso dessas noites demoradas que podiam acabar em qualquer parte ao sol-nascer. E assim da vida grande o homem generoso faz morada, de porta aberta a quem vier por bem. Entramos?
Produção: GEFAC
Colaboração: Bonifrates, Fernando Meireles, Fernando Meireles (filho), GEFAC, João Pedro Martins, Jonathan de Azevedo, Luís Pedro Madeira, Manuel Portugal, Manuel Rocha, Palácio da Loucura, Projecto D, Segue-me à Capela

Exposições
O Som e a Casa, de Manuel Louzã Henriques
25 abril a 15 junho, 10h00 às 18h00, Museu Nacional de Machado de Castro

A exposição O Som e a Casa é uma exposição organizada pelo GEFAC e por Manuel Louzã Henriques em parceira com o Museu Nacional de Machado de Castro. A Louzã Henriques deve-se a ideia de expor estes sons da casa, que são apenas uma parte dos objectos de reprodução de música da sua colecção. Esta exposição não teria sido possível sem a colaboração de Etelvina Rita e de Luís Louzã Henriques.
O início da história desta exibição remonta ao século XVIII, época em que se geraram alterações sócio-económicas que levaram ao aparecimento de novas formas de vida impulsionadas pelo desenvolvimento da ciência. Estas permitiram a introdução de instrumentos de reprodução musical nas casas.
É neste contexto que se desenvolve a exposição divida em quatro momentos, cada um revelando a marca de um novo passo na evolução dos mecanismos de difusão da música, até ao aparecimento dos rádios com transístores, em meados do século XX. O que a entretece é a perspectiva educada e lúcida do coleccionador que procura, para cada objecto ou elemento, o seu preciso lugar numa narrativa pedagogicamente estruturada.

 

 


 Mesa Redonda
“A Etnografia e o Folclore antes e depois do 25 de Abril”
3 de maio, 17h00, Ateneu de Coimbra

Com Manuel Louzã Henriques, Fernando Martinho e Catarina Alves

Cartaz XV Jornadas de Cultura Popular

 


 

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